Lixo eletrônico: o que é e como descartar

Você sabe a maneira certa de fazer o descarte do lixo eletrônico? Conhecido também como “lixo tecnológico”, esse tipo de entulho engloba aparelhos como televisores, celulares, computadores e eletrodomésticos – itens que, nos dias de hoje, fazem parte importante do nosso dia a dia. 

Com o avanço do mercado e esse tipo de itens se tornando obsoleto cada vez mais rapidamente, forma-se um cenário em que aumenta muito a quantidade de lixo eletrônico no Brasil. 

Por isso, quando não são mais usados, é importante que sejam descartados de forma adequada – algo que nem todos fazem ou sequer conhecem as consequências que isso pode provocar, como a poluição e a contaminação do meio ambiente.  

Se você tem itens quebrados ou parados pelos cantos da casa, o Cada Casa Um Caso separou dicas sugeridas por um especialista em sustentabilidade para realizar esse processo de descarte, na prática e sem erros.  

Entenda a importância da reciclagem do lixo eletrônico! 

O que é lixo eletrônico?  

Nos dias de hoje, a definição de lixo eletrônico já tem até uma sigla específica: REEE – Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos. São aparelhos que necessitam de energia ou corrente elétrica para funcionar – como TVs, celulares, pilhas, tablets, máquinas de lavar e computadores, entre outros -, que se tornaram velhos e perderam seu uso útil.  

Resumidamente, são produtos elétricos ou eletrônicos para descarte. Mas vale ressaltar que, se descartados da maneira correta, podem ser reciclados e reaproveitados. 

“Esse tipo de lixo tecnológico é tudo aquilo que ligamos na tomada ou têm componentes eletrônicos, como chips, fios e outros dispositivos e itens”, simplifica Marcus Nakagawa, professor da ESPM e especialista em sustentabilidade. 

Qual é o impacto do lixo eletrônico no meio ambiente?

Conforme citado anteriormente, se o lixo eletrônico não for descartado de forma correta e no local adequado, isso pode trazer consequências desastrosas e impactos totalmente negativos para o meio ambiente e a nossa própria saúde.  

Por conter componentes tóxicos, os dispositivos eletrônicos são capazes de contaminar e poluir o solo, os lençóis freáticos e ainda prejudicar o desenvolvimento da fauna e flora da região em que tiver sido descartado.  

Assim, ele é capaz de transmitir doenças tanto para os seres humanos quanto para os animais, comprometendo o equilíbrio ecológico de maneira ampla e aumentando significativamente os riscos para a saúde dos seres vivos.  

De acordo com a pesquisa Resíduos Eletrônicos no Brasil, feita em 2021, o país é o quinto maior gerador de lixo eletrônico no mundo.

Os dados mostraram que 87% dos brasileiros já ouviram falar sobre lixo eletrônico, mas 33% deles ainda imaginam que o termo é relacionado a spam, e-mails e arquivos digitais. Por isso, é essencial divulgar mais informações e conscientizar a população. 

Um relatório da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, de 2022, constatou que o Brasil descartou, somente em 2019, mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo que menos de 3% desse volume foi reciclado – o que dá uma dimensão do estrago que ainda pode ser causado no país.   

Quais são os 4 tipos de lixo eletrônico?  

Esse tipo de resíduo é dividido em quatro categorias, divididas nas linhas verde, marrom, branca e azul. Para te ajudar a entender de forma simples, preparamos uma imagem que explica cada uma delas:  

• Linha verde: pilhas, baterias, celulares, tablets, fones de ouvido, carregadores, computadores, câmera digital e notebooks. 
• Linha marrom: televisores com tubo, dispositivos DVDs e acessórios de áudio. 
• Linha branca: máquinas de lavar roupa e louça, geladeiras, fogão, ar-condicionado e micro-ondas. 
• Linha azul: aparelhos de utilidades domésticas, como secadores de cabelo, cafeteiras, ferro de passar roupa, liquidificadores e aspiradores de pó.

O que fazer com o lixo eletrônico?  

Assim como os resíduos recicláveis que devem ser corretamente separados, o descarte do lixo eletrônico requer cuidado e atenção. Isso porque, se jogado fora de maneira incorreta, podem contaminar o solo da região e ser altamente prejudicial ao meio ambiente em função dos elementos químicos presentes nestes dispositivos. 

“Pilhas e baterias podem ser mais tóxicas, nesse sentido, e tornar líquidos contaminantes! Por isso, é importante manter esses materiais separados e muito bem guardados antes de descartar corretamente”, alerta Nakagawa. 

Já ensinamos como descartar pilhas e baterias por aqui, mas o que fazer com o resto? Nada de juntar equipamentos e deixar na lixeira mais próxima!  

“Para descartar um lixo eletrônico é importante, primeiro, separar todo o material, seja ele composto por fios, celulares antigos, computadores e afins. Um erro comum é juntar vários tipos de materiais eletrônicos em um único monte”, alerta Nakagawa.  

“Além disso, esse material não deve se juntar com outros tipos de lixos, como peças de alumínio ou embalagens de remédios, por exemplo”, ensina o professor. 

Onde descartar lixo eletrônico?

“Para descartar o lixo eletrônico, basta procurar por Ecopontos (que já existem em diversas cidades brasileiras). Mas é importante pesquisar quais itens são aceitos em cada ponto, pois há locais que não aceitam pilhas e baterias, por exemplo”, orienta o especialista em sustentabilidade. 

Lembra da classificação de acordo com o tipo de lixo? Pois esta é a hora de usá-la para conferir se o ponto de coleta próximo da sua residência recebe a linha que você precisa descartar. 

“E mesmo fora das capitais do Brasil já existem locais específicos para descartar o lixo eletrônico, então não é difícil encontrar um ponto que atenda às suas necessidades”, completa. 

Pronto! Agora que você já sabe o que fazer com o seu lixo eletrônico, confira também como separar lixo orgânico e outras maneiras de praticar a sustentabilidade em casa.  

Até a próxima dica!